As 15 melhores equipes de robótica do Brasil garantiram vagas para representar o país em torneios internacionais nos Estados Unidos, Austrália, Espanha e Filipinas na grande final do FIRST LEGO League (FLL), programa internacional sem fins lucrativos, para jovens com idades entre 9 e 16 anos, criado pela Fundação FIRST (“For Inspiration and Recognition of Science and Technology”) e a empresa LEGO , com a finalidade de inspirar e celebrar a ciência e tecnologia entre os jovens, utilizando contextos do mundo real. A cada ano o programa baseia-se num tema diferente, relacionado com as ciências e a comunidade internacional.
A competição é organizada no Brasil pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com a LEGO® Education, empresa que há mais de 35 anos fornece soluções e recursos para serem utizados em sala de aula.
Participam equipes de escolas públicas e privadas, além de grupos independentes, as chamadas equipes de garagem. Os times, formados por até 10 participantes e 2 treinadores, primeiro disputam regionais e, depois, a etapa nacional. As melhores equipes são selecionadas para a competição final, nos Estados Unidos, e também para os abertos internacionais, onde o foco não é a competição, mas a celebração e integração das melhores equipes do mundo.
As equipes vencedoras da temporada atual são de escolas públicas e particulares de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe e Alagoas. As três primeiras colocadas são de escolas SESI de São Paulo: a Red Rabbit, de Americana, seguida pela Jedi’s, de Jundiaí, e pela Mega Snakes, de Boituva.
Este ano, as equipes escolheram para qual festival internacional gostariam de ir de acordo com sua classificação na etapa nacional.
Para o diretor de operações do SESI, Marcos Tadeu de Siqueira, o torneio superou todas as expectativas, tecnicamente, em relação ao desempenho das equipes, e também pela participação do público. “Isso mostra que a nossa missão de estimular os jovens a investir nas áreas de engenharias e tecnologias, por meio da robótica, foi cumprida. Neste ano tivemos um recorde na participação de equipes”, afirma.
Roberta Baldivia, reponsável pela LEGO Education no Brasil, diz que é muito gratificante ver tantas equipes empenhadas no torneio. “Foram mais de 700 estudantes de escolas públicas e particulares de todo o país que participaram da disputa, em Brasília. E é muito bom ver que a robótica chega às salas de aula e encanta os alunos de maneira a fazer com aprendam de forma mais rápida e prática, colocando as mãos na massa (hands on).”
As finais do FLL serão realizadas de 27 a 30 de abril no Word Festival, em Saint Louis, USA, onde o Brasil será representado por quatro equipes.
Há ainda os torneios abertos internacionais, destinados a incentivar as equipes classificadas nos torneios nacionais:
Torneios Internacionais Cidade/ País Data
European Open Tenerife/ Espanha 4 a 7 de Maio
Arkansas Open Fayetteville/ EUA 19 a 22 de Maio
Asia Open Cebu/ Filipinas 1 a 04 de Junho
Asia Pacific Open Sidney/ Austrália 3 a 5 de Julho
A TEMPORADA – A etapa regional da competição, que nesta temporada teve como tema Trash Trek (caminhos do lixo), foi realizada em nove estados, com mais de 4 mil competidores de 500 escolas. Apenas 77 equipes garantiram vaga na fase nacional, em Brasília. Durante o maior torneio de robótica do Brasil, os 700 estudantes de 9 a 16 anos mostraram, na teoria, com projetos de pesquisa, e na prática, com robôs da LEGO Education, as propostas para lidar com o lixo. Os robôs autônomos cumpriram missões na mesa de competição como, por exemplo, levar determinado tipo de lixo para um aterro.
Além do projeto de pesquisa e do desafio do robô, as equipes foram avaliadas em mais duas categorias: design de robô, em que os alunos planejam, projetam, constroem e programam os robôs e core Values, na qual o que conta é o trabalho em equipe, o respeito e a integração.
Na cerimônia de premiação, os organizadores também anunciaram o tema da próxima temporada do torneio, realizado mundialmente: Animal Allies, em que os estudantes vão explorar a relação entre pessoas e animais.
APRENDIZAGEM – Ao inserir a robótica em sala de aula, o torneio estimula o aprendizado de conteúdos de física, química, biologia, matemática, linguagem e habilidades do século XXI com mais inovação, criatividade e raciocínio lógico, além de despertar o interesse dos alunos a escolherem carreiras nas áreas de engenharia e tecnologia, fundamentais para a inovação nas empresas.
Desde 2013, o SESI é o operador oficial do Torneio de Robótica FLL, em parceria com a instituição norte-americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) e o Grupo LEGO Education (Dinamarca).