Itapevi inicia vacinação contra poliomelite e sarampo no dia 4

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A Prefeitura de Itapevi inicia no próximo sábado (4) a Campanha de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo. A ação vai até o dia 31 de agosto. A imunização começa dois dias antes do início da ação nacional, prevista para 6 de agosto.

Ao todo, 15 unidades de saúde do município farão a aplicação da vacina gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. Serão aplicadas vacinas em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) e USF (Unidades de Saúde da Família).

Haverá também dois ‘Dia D’, em 4 e 18 de agosto, dois sábados, com aplicação de vacinas das 8h às17h, no Ita Shopping (Rua Leopoldina de Camargo, 260 – Centro) e no Itapevi Center (Rodovia Engenheiro Renê Benedito da Silva, 200 – Centro), além das unidades de saúde.

O público-alvo da campanha são crianças com idade de 1 a 4 anos 11 meses e 29 dias, incluindo as que já receberam as vacinas anteriormente. Pessoas de 1 a 58 anos também podem se vacinar durante a semana.

A vacina contra o sarampo que será usada na campanha será a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola. Já contra a poliomielite, ou paralisia infantil, será administrada a vacina oral, em gota.

O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A vacina é contraindicada para imunossuprimidos (pessoas que apresentarem sistema imune com baixa atividade), gestantes e mulheres que pretendem engravidar dentro de 30 dias.

O Ministério da Saúde determina que 95% do público-alvo seja vacinado. “A prevenção é fundamental e importante e faremos grandes esforços para alcançarmos essa meta estabelecida e manter a população protegida”, diz Amanda Ruas, responsável pelo programa de Imunização de Itapevi.

A secretária de Saúde de Itapevi, Luiza Nasi, acrescenta. “Precisamos da comunidade toda envolvida. O poder público é responsável pelo controle de casos de sarampo em situação praticamente de erradicação da doença. A poliomelite não é diferente. A vacina é fundamental para que não tenhamos novos casos e a prevenção se faz necessária. Por isso, pais e mães devem levar seus filhos aos postos de saúde para receberem os cuidados médicos necessários”, reforça.

O Sarampo

Trata-se de uma doença infecciosa aguda, transmitida por um vírus e extremamente contagiosa. Em 2016, a Organização Mundial de Saúde declarou a região das Américas área livre do sarampo. Mas o vírus voltou a circular em 11 países das Américas em 2018.

No Brasil, já há registros da doença no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde, a vacina é a única maneira de se prevenir o sarampo e mesmo os adultos que não foram vacinados na infância contra a doença devem procurar os postos de vacinação com tranquilidade e se imunizar.

A recomendação é que as pessoas com até 29 anos de idade tenham em sua caderneta 2 doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já quem tem entre 30 e 49 anos deve ter na caderneta de vacinação 1 dose da vacina tríplice viral.

Se a pessoa não tiver tomado as doses recomendadas, ou não souber se tomou ou não, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para receber orientações. Mais informações podem ser obtidas com a Secretaria de Saúde de Itapevi, pelo telefone 4143-8499.

Como ocorre a transmissão?

Como uma gripe. O vírus é transmitido por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Também há casos de contágio por dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início das erupções cutâneas, um dos sintomas da doença.

Quais os sintomas da doença?

Febre alta, acima de 38,5°C; erupções cutâneas; tosse; coriza; conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue que detectam anticorpos IgM (Imunoglobina M) na corrente sanguínea na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até quatro semanas após o aparecimento das erupções na pele.

Quais as formas de prevenção?

A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença. O Ministério da Saúde oferece aos Estados e Municípios de forma gratuita uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e a segunda dose da vacina tetra viral aos 15 meses de idade. Pessoas de outras idades que ainda não se vacinaram também têm direito à vacinação gratuita até os 49 anos. Nesse caso, apenas uma dose é administrada.

A Poliomelite

É mais conhecida como “paralisia infantil”, uma doença infectocontagiosa viral aguda. Os membros inferiores são os principais atingidos, apresentando flacidez muscular e a ausência de reflexos. O déficit motor instala-se subitamente. Frequentemente, sua evolução não ultrapassa três dias.

O paciente terá mobilidade reduzida quando o quadro evoluir para a paralisia. Como não há tratamento específico, todos precisam ser hospitalizados para tratamento. Como o Brasil está livre da poliomielite desde 1990, torna-se fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais acima de 95%.

Vacinação

O esquema vacinal básico do País adota a vacina antipólio oral (VPO-Sabin), no seguinte esquema: 1ª dose, aos 2 meses; 2ª dose, aos 4 meses; 3ª dose, aos 6 meses; reforço, aos 15 meses. Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a criança adequadamente vacinada é aquela que recebeu três ou mais doses da vacina oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose.

Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.

Transmissão

O poliovírus entra no organismo pela boca e o vírus se instala no intestino. A transmissão ocorre pelo contato direto pessoa-pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral, através de gotículas expelidas, além da ingestão de água e alimentos contaminados com fezes contendo o vírus. O vírus, então, começa se reproduzir na garganta e no intestino, o que leva a dor e náuseas.

Histórico

Até a primeira metade dos anos 1980, a poliomielite apresentou alta incidência no Brasil. Em 1994, a Organização Mundial de Saúde (OMS) certificou a eliminação da transmissão nas Américas, após 3 anos sem circulação do vírus no continente. Ali foi assumido compromisso de cuidar das coberturas vacinais, bem como manter a vigilância epidemiológica. Com essa atenção, é possível identificar imediatamente a reintrodução do poliovírus selvagem em cada país, adotando medidas de controle capazes de impedir a disseminação.

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Maurilio Candido

Jornalista Profissional Mtb: 51058 - DRT/SP

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