Na quarta-feira (3), a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen – SP) ofereceu um treinamento aos técnicos e agentes de endemias da Vigilância em Zoonoses de Carapicuíba, para a utilização de um novo inseticida contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
O novo inseticida chamado de CIELO ULV (Ultra Low Volume) é utilizado através do processo de nebulização durante vistorias de combate à dengue, realizadas pela equipe de Vigilância em Zoonoses. “O inseticida é um complemento às vistorias de bloqueio de criadouros, feitas pelas Prefeituras nas casas e bairros. Após orientação e retirada dos focos de água parada, os técnicos analisam a real necessidade em utilizar a nebulização, para matar os mosquitos adultos”, explica o engenheiro químico sanitarista da Sucen, Antonio Eduardo Marcondes.
O novo inseticida, disponibilizado pela Sucen, possui odor agradável e não promove manchas em paredes ou tecidos. Além disso, o produto não requer diluição, já vem pronto para uso, diferente do inseticida antigo.
O biólogo e coordenador da Vigilância em Zoonoses de Carapicuíba, Michel Hans Silva, explica que as nebulizações com o inseticida devem ocorrer somente em casos específicos, a partir de dados epidemiológicos, onde exista a proliferação intensa do Aedes aegypti. “Nunca usamos sem a real necessidade, pois o uso indiscriminado causa a seleção dos mosquitos resistentes, fazendo com que o produto perca a eficácia precocemente”.
É importante lembrar que a melhor forma de evitar a reprodução dos mosquitos da dengue é não deixar focos de água parada nos quintais e casas. Os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por mais de um ano em local seco, até o próximo verão, quando o clima chuvoso e quente contribui à sua eclosão, formação das larvas e, depois, do mosquito. O ideal é que cada morador vistorie sua casa e quintal ao menos uma vez por semana.
Superintendência de Controle de Endemias (Sucen)
Exerce o controle de endemias (doenças que ocorrem de forma sazonal em determinadas regiões). Colabora, em situações emergenciais, com programas de saúde pública da Secretaria da Saúde ou de outros órgãos públicos, além de servir de campo de formação, treinamento e aperfeiçoamento para servidores, estudantes e profissionais em sua área de atuação.