Google promete não usar inteligência artificial para criar armas

Google promete não usar inteligência artificial para criar armas
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O Google informou na quinta-feira (7) que não usará inteligência artificial para criar armas ou métodos de monitoramento que violem os direitos humanos, mas continuará colaborando com governos em projetos militares.

O posicionamento da empresa foi uma resposta a uma carta, assinada por mais de 4 mil de seus funcionários. Eles condenavam a tentativa da empresa de usar inteligência artificial em um programa do governo dos Estados Unidos. Chamado de Project Maven, a iniciativa tenta melhorar a precisão de ataques com drones.

O protesto levou alguns funcionários a pedir demissão, segundo veículos de imprensa especializados. O movimento reflete um movimento de especialistas contrários ao desenvolvimento de armas inteligentes ou, como são chamados, os “robôs assassinos”.

Quem são os ‘robôs assassinos’ ?

Em resposta, o Google garantiu que não renovará o contrato assinado com o Pentágono, que expirará no ano que vem. Além disso, o presidente-executivo da empresa, Sundar Pichai, divulgou uma série de regras para o uso apropriado da inteligência artificial.

A empresa tem ampliado a implementação desse tipo de tecnologia em seus serviços. Recentemente, apresentou um recurso que dá ao seu assistente pessoal a capacidade de fazer ligações telefônicas e conversar normalmente com um ser humano.

Google apresenta robô telefonista

O executivo lista sete regras, que obrigam que as plataformas de inteligência artificial da empresa:

  1. Sejam socialmente benéficas;
  2. Evitem criar ou reforçar preconceitos;
  3. Sejam construídas com segurança e testadas antes;
  4. Possam ser alvo de escrutínio pelas pessoas;
  5. Incorporem princípios de privacidade ao serem desenhadas;
  6. Garantam excelência científica;
  7. Sejam disponibilizadas ao público apenas se seguir esses princípios.

Além disso, o executivo reafirmou que a empresa não pretende usar a inteligência artificial em “armas e outras tecnologias cujo principal objetivo ou implementação seja causar ou diretamente facilitar ferimentos em pessoas” ou para criar sistemas “que causem dano”.

O CEO do Google ressaltou ainda que também não permitirá que essa tecnologia “compile ou utilize informações de forma que viole normas internacionais aceitas”.

Por outro lado, Pichai afirmou que o Google conitnuará colaborando com governos em projetos militares dentro de áreas como cibersegurança, treinamento e recrutamento.

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