Diabetes: Se não encontrar Ozempic, pacientes devem procurar médico para substituição do medicamento

Diabetes: Se não encontrar Ozempic, pacientes  devem procurar médico para substituição do medicamento
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Com a venda liberada para tratar obesidade, em alguns locais já está faltando o medicamento; portadores de diabetes têm outras opções, por isso é importante procurar ajuda médica

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) orienta pacientes de diabetes que utilizam o medicamento Ozempic que procurem seus médicos caso não encontrem o medicamento, já que o fabricante do remédio, Novo Nordisk, anunciou que ele pode faltar por causa da recente liberação, pela Anvisa, do uso da semaglutida para a perda de peso, o que aumentou bastante o consumo.
 

“Existem substitutos para o Ozempic e é muito importante o paciente não parar o tratamento, pois isso poderá aumentar as taxas glicêmicas”, explica dr Levimar Araújo, presidente da SBD. Para a dra. Dhianah Santini de Oliveira, do Departamento de Educação em Diabetes e Campanhas da SBD, a substituição da forma de consumo da semaglutida é fundamental para que os pacientes não tenham problemas. “É como se o paciente de hipertensão parasse de tomar seu medicamento, a pressão sanguínea iria subir. A mesma coisa acontece com o Ozempic. Se não tomar a medicação, a glicemia vai subir.”

A SBD apoia o uso da semaglutida para a perda de peso, mas alerta que a compra de medicamentos deve ser realizada sempre com prescrição médica e que se evite tanto a automedicação como a compra de estoques de medicamentos, evitando, dessa forma, que falte o remédio para quem está em tratamento. “Além disso, existem outras alternativas para quem quer emagrecer, tão eficientes e menos onerosas”, explica dr Denis Paiva Ferraz, coordenador do Departamento de Síndrome Metabólica e Pré-Diabetes da SBD, citando que na maioria dos países o medicamento só é comprado com receita médica, o que não ocorre no Brasil. Ele lembra, inclusive, que o alto consumo do Ozempic pode acabar afetando a produção de canetas de insulina, o que prejudicará milhões de pacientes que necessitam desse medicamento.

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