Diabetes está entre as causas da surdez. Ruídos, infecções, genética e medicamentos estão entre as principais causas da perda de audição. A prevalência da deficiência auditiva ao nascimento é de cerca de quatro a cada 1.000 nascidos vivos. Ou seja, 0,4% dos bebês nascem com alguma deficiência auditiva. Cerca de 9% das crianças, até 31 meses de idade, apresentam alguma perda auditiva.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) o total de pessoas surdas em 2015, no Brasil, era de 28 milhões (14%), e 360 milhões em todo mundo. Esta prevalência pula para mais de 33% quando considerados indivíduos maiores de 65 anos, o que corresponde a 1/3 dos idosos, segundo dados da OMS 2012.
A cada ano, surge cerca de 1% de novos casos de deficiência auditiva, quando se baseia nos dados da OMS 2012 sobre a prevalência em crianças e idosos.
A Dra. Jeanne Oiticica, otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que a exposição excessiva ao ruído e o diabetes são fatores importantes para a perda de audição.
“O uso de fones de ouvido, música ou atividades recreativas com sons em intensidade elevada, acima da recomendada, podem prejudicar a audição quando a pessoa chegar na 3ª idade. Achamos que somos invencíveis quando jovens, que nada nos afeta, que somos imortais, e que a 3ª idade nunca vai chegar. Daí, não vemos a necessidade de tratar conforme orientado pelo médico, pelo tempo que foi prescrito, na quantidade e horário recomendados”, comenta Dra. Jeanne.
A especialista lista algumas dicas para manter a saúde auditiva em dia:
– Faça uma consulta ao otorrinolaringologista e o exame de audiometria pelo menos uma vez ao ano;
– Trate adequadamente as infecções de ouvido;
– Procure o especialista ao menor sinal de dor, desconforto ou sensação de ouvido tampado.
“Quanto mais cedo diagnosticado o problema, menores as chances de sequelas”, alerta Dra. Jeanne.